Ponto de vista
É sabido que ao longo da história da sociedade organizada, a sexualidade sempre foi vista como um ato pejorativo, mesmo que, a humanidade tenha sido concebida por essa união divina entre homem e mulher. E, a repressão sexual é sem dúvida, o maior pecado imposto pelo homem, pois, ao ser podado por um ato de amor, acaba indo contra a sua própria natureza.
No entanto, devemos resaltar que, as críticas feitas por profissionais da área, quanto a exposição sexual no tântra, na verdade, muitas delas são infundadas, porque apenas teorizam o contexto tântrico. Se esquecem que o maior triunfo de uma filosofia esotérica é o testemunho. Como cada pessoa vive o seu mundo perceptivo, questionar a experiência, a vivência daquela pessoa que está receptiva e é dedicada, soa como ignorância ou um comportamento patriarcal.
Mesmo que o tântra seja visto de forma equivocada por muitas pessoas (puro ato sexual, luxúria ou uma forma de exibicionismo na cama), não cabe ao tântra ou ao profissional de yoga questionar a sua utilização e sim, colocar a disposição das pessoas essas orientações para que cada um descubra a sua essência sagrada através dessa experiência natural. Até porque, a fonte do sexo é o desejo onde este já nasceu sem pecado e sem vergonha!
Parece que estão querendo associar um desvio de comportamento como sendo uma consequência do sexo tântrico. Tal pensamento é equivocado e ao mesmo tempo imoral, principalmente sendo dito por um membro do yoga, porque se sabe, hoje, que a vida sexual trata-se de um prologamento qualitativo por uma vida psicológica mais saudável, já que, o sexo está atrelado as emoções e os sentimentos positivos.
A sociabilidade sexual através do tântra, é sim, é uma ferramente de auto-ajuda que veio para ficar e, pelo menos, tentar contribuir, educacionamente, para uma vida melhor e descondicionamento das mazelas existenciais.
Aurelliano Natarája